sábado, 30 de dezembro de 2006

Campo de Ourique A Morte de Sadam

A morte de Sadam provoucou-me a mesma sensação quando ví pela tv o fuzilamento do casal Ceausescu... Um sentimento estranho, o mesmo que quando vejo touradas, seja qualquer for a modalidade. Mas celebrei a morte de Pinochet e ainda espero que o Juiz Baltazar Garzón estude forma de levar a tribunal o senhor Henry kissinger, Premio Nóbel; responsavel moral por tantas mortes na américa latina e no resto do mundo (veja-se o artigo Llueve sobre Kissinger) e que responda perante um tribunal internacional.
Sentimentos contraditórios talvez, mas fui misericordioso com Pinochet, não desejei a sua morte. Antes preferia que o seu julgamento chegasse ao fim. Em democracia, às vezes temos de engolir sapos vivos e, aprendi a estar contra a pena de morte, especialmente quando decretada pelo Estado. Mas apoio e sou a favor do aborto, melhor, da despenalização.
O outro dia, por causa da criança que, aparentemente, foi morta pelos pais, vi na TV um exame de gente insultando a culpada na porta do tribunal: não gosto do espectáculo de linchamentos ou de simulações para exatamente aparecer na tv. Me provoca a mesma repulsa que as touradas ou as peregrinações a Fátima...
Mas desfilo religiosamente para o 1º de Maio e tenho uma relação directa com as minhas divindades porque não aceito mediadores.
A outra questão que me deixa perplexo é o carácter oportunista e moralista da encenação da morte de Sadam. Os Estados Unidos, mais uma vez, inicia uma Guerra Santa contra os Árabes. Depois de BUSH ter perdido as eleições, necessitava apresentar um cadáver para consumar uma possível vitória que permita uma retirada estratégica.: Missão cumprida.
Bush, deve legitimar a sua ditadura de terror perante o povo americano, mas tb não lhe desejo uma morte como a de todos os presidentes americanos assassinados: antes, prefiro que a humanidade o ponha a nú..


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